Estamos passando por um período novo, que jamais pensamos viver e, consequentemente, não tivemos tempo de nos preparar previamente. Nos deparamos com uma grande quantidade de informações sobre cuidados com a saúde, com o corpo, como manter distanciamento entre as pessoas, usar máscara, álcool gel, higienizar a casa, os sapatos e as mercadorias que levamos para casa com água sanitária. Ufa! Quantas informações!
As recomendações visam conscientizar as pessoas a fim de evitar a contaminação com a COVID-19, um vírus que atingiu o mundo, e que gera uma grande preocupação nas pessoas por não saber como cada organismo irá reagir caso tenha sido contaminado. E nossa saúde mental? Como fica nesse período?
Além da preocupação com o físico, devemos nos lembrar que nossos pensamentos e emoções também foram e estão sendo impactados. Enfim: a rotina mudou. E dentre as mudanças, o convívio com a família aumentou, a preocupação com o emprego, a organização das atividades escolares dos filhos, a distância física das pessoas que amamos e que não moram na mesma casa. Tantas mudanças têm levado ao aumento da ansiedade, que pode ser identificada por pensamento acelerado, taquicardia, dores musculares, insônia, alteração no apetite, tontura, enjoo, angústia.
Para minimizar os desconfortos da ansiedade algumas estratégias podem ser utilizadas como praticar exercícios físicos, conversar sobre os desconfortos e angústias com outras pessoas, organizar as atividades diárias sem sobrecarga e entendendo que nem sempre conseguiremos fazer o que fazíamos antes da pandemia.
E se já utilizamos todas as estratégias e ainda está muito difícil esse momento? Nesse caso, um psicólogo poderá dar suporte, com escuta especializada e técnicas voltadas para demandas individuais. E para quem está com medo de sair de casa, ou compõe grupo de risco, esses profissionais contam com a possibilidade do atendimento online, com o mesmo propósito e cuidado do atendimento presencial. Independente da profissão, da angústia e da história de vida, o psicólogo está preparado e em condições de dar suporte e ajudar.
É importante termos calma, afinal esse período vai passar e aos poucos a rotina será retomada, porém com novos aprendizados, já que esse momento nos proporcionou olharmos para quem realmente somos e o que realmente importa.
Por: Profa. Dra. Renata Limongi
Professora do curso de Psicologia do IMEPAC