A graduação de Educação Física está desenvolvendo o projeto de extensão “Mover Imepac” para atender a 29 crianças da unidade de acolhimento Casa Lar, localizada em Araguari. A ideia é proporcionar aprendizados supervisionados, por meio de diferentes práticas corporais de bases esportivas, como basquete, vôlei, futsal e handebol, além de práticas de linguagem e expressão corporal, como a dança, ginástica artística e rítmica.
Conforme a coordenadora do projeto, a professora Dra. Jaqueline Pontes Batista, as atividades são planejadas e sistematizadas pelos alunos da Educação Física, para que seja possível acompanhar o progresso do desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo da criança. Para tal, estes momentos são realizados através de eventos esportivos, semana de cultura e lazer e comemorações festivas do calendário anual. “O projeto também constrói uma base de parâmetros de indicadores de saúde, como peso, altura, IMC, circunferência corporal e avaliação da curva de crescimento. E, a partir dos resultados obtidos, realizamos palestras informativas e com caráter educativo”, explica a professora.
Dois alunos bolsistas de extensão do curso de Educação Física estão à frente do projeto. Para a estudante do terceiro período, Isabelly Quadros Fernandes, os maiores aprendizados com a experiência têm sido aprender a lidar com crianças, ter contato com um tipo de realidade diferente e dar valor pra gestos pequenos e simples. “Quero transmitir a importância da prática de atividade física e mostrar que as brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento das crianças. Além disso, demonstrar ensinamentos não só sobre a educação física, mas também sobre a vida, o amor, a amizade e, principalmente, o respeito”, diz Isabelly.
Já o aluno Pedro Gimenes Curcino, do quarto período, acredita que a experiência no projeto ajuda a entender melhor as aulas teóricas ministradas no curso e são uma oportunidade para construir autonomia em ministrar aulas com crianças, melhorando o desempenho como professor. “Ver o desenvolvimento motor das crianças e a evolução nos movimentos como salto, corrida e habilidades cognitivas, como saber diferenciar direita e esquerda, são os pontos altos do projeto para mim. Pretendo contribuir para que as crianças aprendam o valor e importância da prática de atividades físicas, seja individual, em dupla ou em grupo, e saibam competir, vencer e perder”, afirma Pedro.
Além dos dois bolsistas, que atendem a Casa Lar duas vezes por semana, acadêmicos do 1º e 2º período, que estão cursando a unidade de aprendizagem Projeto Integrador: construção do movimento humano na infância, também contribuem com Mover Imepac realizando ações em sábados pontuais.
A professora Jaqueline ressalta que a parceria com a Casa Lar oportunizou alinhar a teoria à prática, tornando estas crianças atendidas o objeto de estudo para aprendizagem e desenvolvimento motor na infância. Além disso, o trabalho tem um cunho social de atendimento à comunidade, o que elenca diversas competências e habilidades de todos os envolvidos. “As crianças têm se mostrado receptivas e abertas às nossas ações, pois estamos proporcionando momentos com práticas motoras, talvez não tão populares e conhecidas por elas, o que possibilita o aumento do repertório motor, além de um momento de socialização entre os envolvidos”, pontua.