Não sei….

Não sei… se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura… enquanto durar.

Cora Coralina

 

Estrelado por Justin Timberlake e Cillian Murphy, o longa metragem In Time (2011) apresenta um contexto no qual todos os personagens vivem em um mundo onde não existe dinheiro como nós o conhecemos. Tudo a ser comprado é pago com tempo de vida; desde a passagem de ônibus até carros e casas. Cada cidadão nasce com um cronômetro no braço que mostra quanto tempo de vida a pessoa ainda tem.

O filme nos faz refletir acerca da forma como temos administrado nosso tempo, mesmo tendo a sensação de que falta tempo para executar todas as atividades propostas em nossas agendas diárias. Percebemos que a frase mais usada e ouvida, na atualidade é – “não tenho tempo”. Tendo em vista que todos os dias têm as mesmas 24 horas diárias, nosso esforço deverá ser voltado à “otimização e gerenciamento de tempo, o que poderá tornar as pessoas mais capazes de aproveitarem o tempo para seus objetivos propostos”. (Feldman, 2015).

Torna-se necessário, dessa forma, escolher uma ferramenta de planejamento para registrar as atividades diárias que poderão ser classificadas em três tipos: tarefas (o que se faz), compromissos (ações particulares) e conhecimento (qualquer gênero de informação). Ressalta-se que a organização das atividades contribuirá com o rendimento de tempo, de forma a se concentrar no importante, reduzir o urgente e minimizar o circunstancial. 

Para Christian (2013), isso só pode ser feito se você utilizar uma ferramenta de planejamento adequada às suas características pessoais e aplicá-la à sua rotina; do contrário, as urgências aparecerão a todo momento, e você estará imerso no caos.

O primeiro passo na escolha de uma ferramenta de planejamento é conhecer o seu estilo para encontrar o meio que mais combine com sua personalidade e que o faça sentir à vontade. Christian (2013), divide as pessoas em três estilos para definir a ferramenta ideal de cada uma delas: 1) estilo sensorial, são aquelas pessoas que precisam de contato físico com as coisas do dia a dia; 2) estilo high-tech, são os adeptos às novas tecnologias; 3) estilo misto, são aqueles que combinam bem os estilos sensorial e high-tech.

Além desse método, ter o hábito de listar as atividades a serem realizadas, pode ajudar a economizar o tempo, uma vez que, já sabendo o que fazer não precisa perder tempo pensando no que deverá ser feito. É possível elaborar a lista de acordo com a prioridade das atividades a serem realizadas, colocando tarefas inadiáveis e/ou que precisam de uma atenção maior à frente das tarefas que poderão ser cumpridas depois, com planejamento para que estas sejam executadas pontualmente, sem procrastinação.

Lembrando, que procrastinação é o ato de deixar as atividades de lado, para serem realizadas depois, isso costuma acontecer ora quando não há planejamento das atividades ora quando organizada de forma equivocada. Esse comportamento pode levar a uma sobrecarga de compromissos, tendo como possível consequência a desmotivação e a realização de trabalhos com excelência comprometida.

Considerando, a administração do tempo essencial para termos menos estresse e mais qualidade de vida, sugerimos a criação de um plano de ação na sua agenda para que possa desfrutar mais, dos prazeres que a vida oferece. Pense nisso!

 

Por: Me. Ana Lucia Costa e Silva e Me. Ivana Cardoso de Melo – Psicologia 

 

Referências

 

Barbosa, C. 60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo. Rio de janeiro: Sextante, 2013.

Feldman, R.S. Introdução à Psicologia. 10 ed. Porto Alegre: AMGH EDITORA LTDA, 2015.