Diante de um mercado altamente competitivo e globalizado, as empresas buscam manter-se na vanguarda em constante atualização de suas estratégias de gestão. Para isso, consideram trazer maior eficiência em seus sistemas produtivos influenciando positivamente os fatores de desempenho como: custo, processos, qualidade, flexibilidade, inovação, logística e desenvolvimento de novos produtos (ANTUNES, 2008).
Segundo Womack, et al. (1992), a manufatura enxuta, cujo objetivo visa à eliminação das perdas do processo produtivo, torna-se um sistema de produção completo sendo referência em eficiência, trazendo redução de custos, maior produtividade e qualidade no processo de produção, garantindo a sobrevivência das empresas.
A metodologia Lean propõe um conjunto de ferramentas para melhorar o processo: layout da manufatura, gestão da demanda, planejamento da produção, logística integrada (abastecimento interno e externo), milk run (um método de acelerar o fluxo de materiais entre as unidades industriais no qual os veículos seguem uma rota para fazer múltiplas cargas e entregas em muitas unidades industriais), Gestão de Conhecimento, Sistema de Movimentação etc. (ROTHER e SHOOK, 1999).
Para implementar esta filosofia, o principal ponto inicia-se na necessidade de compreender como efetivamente opera todo o processo produtivo, pois só assim conseguirá avaliar possíveis melhorias. Em seguida, constatar o que de fato os clientes percebem como valor no produto. Por último, não ter medo de melhorar. É neste sentido, que surgem as metodologias Lean, como ferramentas na detecção e eliminação de desperdícios” (BASTOS; CHAVES, 2012, p.5).
O Lean Manufacturing, cujo objetivo visa à eliminação das perdas do processo produtivo, torna-se um sistema de produção completo sendo referência em eficiência e eficácia, trazendo redução de custos, maior produtividade e qualidade no processo de produção e garantindo a sobrevivência das empresas.
De uma forma a complementar as afirmações acima, Ballou (2006) concentrou sua pesquisa quanto às atividades na organização, citando que existem nelas, três tipos de atividades, conforme apresentado na Tab. 1.
Tabela 1: Atividades em uma organização
(Fonte: adaptado BALLOU, 2006)
Neste sentido, o autor ainda afirma que em um ambiente de produção a relação dos bens consumidos nas três atividades citadas na Tabela 1, mesmo as que não agregam valor, são necessárias, tendo como participação de 5%, 60% e 35% respectivamente nas operações.
O Lean Institute Brasil (2010) cita que a filosofia Lean é uma estratégia para aumentar a satisfação dos clientes através da melhor utilização de recursos procurando fornecer um valor aos clientes com custos mais baixos dos seus produtos através da identificação de desperdícios e o que agrega ou não valor aos produtos para assim realizar melhorias no processo produtivo.
O aumento de produtividade com método e ferramentas é uma iniciativa inteligente e cada vez mais empregada pelas empresas. É evidente o resultado positivo que se pode obter ao aplicar o conceito de produção enxuta, eliminação de desperdícios e melhoria nas condições de trabalho.
Por:
Prof. Cairo Henrique Ferreira Borges
(Professor do curso de Engenharia de Produção)
Referências
ANTUNES, Junico. Sistemas de Produção: Conceitos e práticas para o projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Editora Bookman, 2008.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento na Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. Ed. Porto Alegre: Bookmam, 2006.
BASTOS, Bernardo Campbell; CHAVES, Carlos. Aplicação de Lean Manufacturing em uma Linha de Produção de uma Empresa do Setor Automotivo. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, IX SEGeT. Anais… Resende, 2012, p. 1-15. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2019.
Lean Institute Brasil. Disponível em: <https://www.lean.org.br/comunidade/artigos/pdf/artigo_41.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2020.
ROTHER, M.; SHOOK, J. Aprendendo a enxergar: mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar o desperdício. The Lean Institute Brasil, São Paulo,1999.
WOMACK, J.P., JONES, D.T.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo, Campus, Rio de Janeiro, 1992.