O futebol é uma modalidade esportiva com alto nível de complexidade. Tem sido relatado que este esporte apresenta atividades intermitentes com intensidade variável, sendo a maior parte de característica aeróbica. Grande parte dos jogadores chega a percorrer distâncias superiores a 13 quilômetros em um jogo, realizadas em forma de caminhadas, corridas e sprints.
Para se alcançar o ápice da plenitude de desempenho de um atleta é necessário a avaliação, planejamento e prescrição de forma adequada do exercício, o que coletivamente, denomina-se periodização do treinamento. Este é um processo que analisa, define e sistematiza as diferentes operações inerentes à construção e desenvolvimento dos atletas. Por outro lado, organiza essas operações em função das finalidades, objetivos e previsões, escolhendo-se as decisões que visem o máximo de eficiência e funcionalidade das mesmas.
Especificamente, os jogadores de futebol necessitam passar por uma minuciosa avaliação física, onde são verificadas e mensuradas as capacidades físicas, sendo elas a resistência, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. Além disso, se faz necessária a avaliação antropométrica e de composição corporal, que possuem como objetivo verificar as circunferências, bem como quantidade de tecido adiposo e muscular no atleta. Somente com os resultados destas avaliações é que ocorre a prescrição correta do exercício físico.
Além desses fatores, a nutrição desempenha um papel fundamental para que os jogadores de futebol tenham um bom desempenho. A demanda energética dos treinamentos e competições requer que os jogadores consumam uma dieta balanceada, particularmente rica em carboidratos.
As necessidades nutricionais variam de acordo com as diversas fases de crescimento e o consumo excessivo e desbalanceado de nutrientes favorece maior acúmulo de gordura corporal e estresse oxidativo, afetando negativamente o desempenho do atleta. Diversos estudos têm confirmado o consumo alimentar inadequado dos atletas. Geralmente, os atletas consomem mais do que o recomendado em lipídios, com déficit na ingestão de carboidratos e de calorias, o que não atende às necessidades diárias.
O carboidrato é a principal fonte de energia durante o exercício, portanto, deve ser ingerido em quantidades suficientes para manter os estoques de glicogênio, evitando a fadiga e como consequência, o comprometimento do desempenho. No entanto, a maioria dos jogadores de futebol apresenta baixo consumo de carboidratos, iniciando os jogos com baixo estoque de glicogênio muscular.
As necessidades proteicas do atleta são maiores do que as do indivíduo sedentário, devido ao reparo de lesões musculares induzidas pelo exercício.
As vitaminas e minerais são importantes nutrientes para o organismo em pequenas quantidades diárias.
É essencial que o atleta conheça a importância dos nutrientes e seus benefícios para o organismo, para que escolha de maneira adequada os alimentos que farão parte da sua alimentação diária.
Dessa forma, a junção: avaliação nutricional e física são aspectos fundamentais para que os atletas de futebol tenham melhorias no desempenho físico durante os treinamentos e competições.
Por:
Profa. Me. Danielle Fernandes Alves – Coordenadora Nutrição – IMEPAC
Prof. Dr. Hugo Ribeiro Zanetti – Coordenador Educação Física – IMEPAC