Impotentes gestores projetam suas fraquezas mutilando as virtudes das pessoas em prepotentes atos infantis e revanchistas. Estes criam uma ópera bufa recheada de um tipo de colaborador que cumpre o papel de bobo da corte, com bajulações que perpetuam suas presenças em cena, até o limite do inaudito e do insuportável cenário corporativo que lembra um delírio: profissionais reproduzindo um estilo acéfalo e egoísta de liderança que não serve ninguém.
O pior é que o caráter complacente e medroso de nossa cultura brasileira, acostumada a representar uma felicidade fingida e segura, ainda sustenta este absurdo por um tempo inimaginável! Então, as diversas e insuportáveis verdades vêm à tona, com as entranhas completamente expostas… Consertar esta fantasia custa muito dinheiro, muito sangue e muitas lágrimas. A saída, se ainda houver tempo, se dá como no filme vencedor do Óscar Spotlight: o levante de uma consciência insurgente em meio a esse caos, com a força e a coragem de aguentar as consequências de sua aparente insanidade perante o juízo incrédulo dos feitos cegos e surdos pelo sistema.
Conheci heróis de verdade, que enfrentaram a turba e inconsequente jornada de gestores deste naipe. Eles ressuscitaram semidefuntos condenados ao inferno e reconstruíram reputações destruídas por orgulhos idiotas e insensíveis. E o fizeram, humildemente, de forma discreta. Eu os tenho em alta estima e plena referência de vida e de trabalho. Mudam um mundo que altera rotas para uma orientação propositiva e elevada. Mas não é para isto que acontecem as desgraças? Para que surjam os heróis e nos inspirem? O bem suporta e prevalece porque sua estrutura foi construída para resistir e prosperar. O mal convalesce de alicerces profícuos. Cedo ou tarde, desaba.
Por: Paulo Henrique de Sousa Leite