Tecnologia como apoio para o enfrentamento de crise - IMEPAC

Tecnologia como apoio para o enfrentamento de crise

Cada vez mais estamos conectados. Seja em rotinas de trabalho, de estudo ou para lazer, a tecnologia tem sido uma boa aliada. Estamos em um cenário de crise sanitária, uma das piores já presenciada nas últimas décadas. De 1950 até os dias atuais ocorreram conflitos, pandemias, imprevistos… Diferente dos eventos anteriores, a nossa geração tem a oportunidade de se valer da tecnologia como método de informação, prevenção, conscientização e, por que não, para a busca de uma solução?

Profissionais da área de tecnologia do mundo todo têm se mobilizado e colocado os seus conhecimentos e soluções para contribuir com a medicina em busca de possíveis fontes de cura. Iniciativas que levam em conta o uso de inteligência artificial, big data, nanotecnologia, IoT, dentre outros, vêm atuando em conjunto com outras áreas do conhecimento para minimizar os danos que o SARS-CoV2 vem deixando em diversos países.

Em locais de extremo impacto, drones e carros autônomos estão sendo utilizados para, além de prevenir o contato social, desempenhar um papel importante como, por exemplo, na desinfecção de espaços de uso comum. Cito o uso destes recursos para a aplicação de luz ultravioleta em corredores de hospitais com o objetivo de desinfetar estes ambientes. Outro recurso significativo deste equipamento está no uso para a entrega de remédios e refeições para pessoas isoladas e localizadas em endereços de alta atenção à COVID-19.

Outra ação para a qual o uso da tecnologia se torna crucialmente importante é para a tomada de decisão, prevenção da população, conscientização e informação. É o cruzamento de dados em tempo real com o objetivo de monitorar os casos e o acompanhamento da evolução, recuperados e, infelizmente, óbitos. Existem várias iniciativas públicas, não governamentais e privadas que, em conjunto, buscam trazer à população uma informação mais precisa e assertiva.

 

Figura 1 – perfil geográfico usando Power B.I p/ levantamento e cruzamento de dados.

fonte: Secretaria de estado de saúde de Minas Gerais. Disponível em: https://www.saude.mg.gov.br/coronavirus/painel

 

 

É interessante sempre se valer de bases oficiais e confiáveis para que, as informações não tragam insegurança, desordem e medo generalizado.

Diante disso, falamos de outro aspecto em que a tecnologia nos apoia e muito em momentos críticos como este: o meio digital. As redes sociais têm implementado algoritmos para eliminar informações falsas.

 

Twitter, Facebook e Google estão aplicando estratégias que removem conteúdos duvidosos. Portais como e-farsa também tem sido importantes para o combate a desinformação. Vale ressaltar que o uso de inteligência artificial ajuda iniciativas como essa a validar se determinado assunto tem fundamento e embasamento, trazendo luz e evidência contra aquilo que viraliza muito rápido, bem como apoiando também os estudos e testes realizados para a busca de tratamentos, vacinas e remédios, isto é, uma possível cura.

 

É o caso da empresa BlueDot que utiliza processamento de linguagem natural (NLP) para descobrir possíveis métodos para o tratamento de doentes, e uma possível droga para a cura de pacientes com COVID-19, com milhares de simulações realizadas em supercomputadores.

 

Percebe-se, então, que a tecnologia trabalhará cada vez mais em conjunto para o bem comum e independentemente da área do conhecimento, da profissão e ocupação do indivíduo, será primordial que todos aprendam a fazer o bom uso de ferramentas tecnológicas e, quiçá, desenvolver a sua própria solução em busca do bem comum ou coletivo.

 

Prof. Wálisson Alves

(Professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas)