Pular as refeições, amplifica o risco de morte em quem já sofreu um infarto? - IMEPAC

Pular as refeições, amplifica o risco de morte em quem já sofreu um infarto?

Essa pergunta foi respondida por uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina de Botucatu; pacientes com dietas irregulares apresentaram maior possibilidade de sofrer outro infarto, diz o pesquisador coordenador do projeto Marcos Minicucci.  O estudo possibilitou verificar a importância do café da manhã e de como jantar tarde e, logo após dormir, é prejudicial aos pacientes que já sofreram infarto do miocárdio. A pesquisa demostra a importância de uma alimentação correta, feita de maneira regular e com alimentos próprios para cada refeição diária.

São muitas as questões que surgem quando retratamos sobre o alimentar saudável. A pesquisadora Alicia kowaltowski faz a seguinte pergunta em seu livro: Nós somos aquilo que comemos? E, somando a essa pergunta: como nosso corpo responde quando pulamos ou fazemos refeições em horários impróprios?

A resposta com certeza é alteração metabólica, pois a liberação natural de hormônios regula todo o metabolismo, e o hábito de ter dietas irregulares força o organismo a liberar hormônios em níveis inadequados, como por exemplo, o cortisol e a melatonina que atuam na liberação de outros hormônios.

Assim, a alimentação é um sincronizador entre o sistema hormonal e metabólico. Essa organização temporal do metabolismo energético é fundamental para a homeostase do organismo e, quando ocorre a quebra dessa organização rítmica diária, vários distúrbios na fisiopatologia metabólica humana são instalados.

 

Por: Mirian R. M. Carrijo – Professora do curso de Nutrição

Danielle Fernandes Alves – Coordenadora e professora do curso de Nutrição

 

MINICUCCI M. F. et al. Skipping breakfast concomitant with late-night dinner eating is associated with worse outcomes following ST-segment elevation myocardial infarction. European Journal of Preventive Cardiology. 2019.

 

KOWALTOWSKI, A. O que é metabolismo? Como nossos corpos transformam o que comemos no que somos. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2015.

CIPOLLA-NETO, J. et alMelatonin, energy metabolism and obesity: a reviewJournal of Pineal Research. v. 56, p. 371-81. 2014.